Você se lembra da primeira vez que seu filho(a) andou? Como foi aquele momento? Caras e bocas que te fizeram sorrir, e quantas noites sem dormir? Ai ele cresceu um pouco, começou a te surpreender, cada dia uma novidade, ele também despertava dúvida na família, todos o achavam engraçado demais, espontâneo demais e talvez... feliz demais?
Você sempre soube que ele era diferente, mas nunca quis tocar no assunto, talvez por medo de estar certa ou por medo de soar como insulto (Na sua cabeça e na do resto do mundo "aquilo" não é nem próximo a um elogio). Certo dia, depois de muito observar e sentir, você mãe, resolve fazer um interrogatório a si mesma. '' Será que meu filho é mesmo gay? Onde eu errei? Como irei protege-lo da maldade das pessoas, já que ele está crescendo e pouco a pouco se tornando independente de mim? E se ele não fizer amigos na escola, por causa desse 'jeitinho diferente' dele?”. Nesse momento você sente um aperto no coração, medo, culpa, e até um pouco de pena. Então você fica se martirizando durante dias, pensando se deveria se abrir com alguém, mas com quem? Quem iria entender? Afinal, não é um assunto tão simples para se desabafar com qualquer pessoa. Não é algo sobre o seu filho estar crescendo, engordando ou aprendendo algum tipo de luta na escolinha, ou ter tirado uma nota 0 na prova. É sobre o seu filho ser homossexual.
Se você entende essa situação é a CONDIÇÃO sexual dele, parabéns, você sabe mesmo o significado de "Amor Incondicional" agora se você hesita e acha que se trata de opção e o maltrata quando finalmente lhe é dita a verdade, você deveria começar a pensar antes de fazer certas coisas. Tenho certeza absoluta que tudo o que você quer para seu filho é que ele seja feliz, independente de como e do porquê. Pois então... E se a felicidade dele for proporcionada por algo que você não julgue certo? Ou pela pessoa que ele não escolheu amar, mas ama? Você prefere puni-lo de alguma forma, proibi-lo, expulsa-lo de casa, obriga-lo a fingir ser algo que não é, para não envergonhar a família, deixando ele a beira de um precipício sem se quer dar uma saída a não ser o suicídio... É só uma forma diferente de amar!
O mundo é ruim, as pessoas são ignorantes e más. Quando se coloca um filho no mundo você deve estar ciente que algum dia ele vai sair ''debaixo de suas asas'' e vai querer ''voar''. E como consequência seu filho irá enfrentar chuvas fortes, tormentas e momentos em que ficará vulnerável... Cabe a você decidir se vai o proteger com o seu guarda-chuva ou vai deixa-lo se ''molhar''.
“Eu sei porque Deus não ‘curou’ o meu filho. Ele não o curou porque não havia nada de errado para ser curado” - Orações para Bobby
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