O medo, eu e ele.



Eu tinha medo.

Quando ele me pediu pra ficar eu sentia medo de tudo ser uma piada, uma pegadinha, que do nada todo mundo sairia detrás das cortinas e diriam "Te peguei!" e eu ficaria ali me fazendo de desentendido com um sorriso trêmulo segurando as minhas lágrimas, rindo da minha infelicidade para o prazer de todos.

O tempo passou e vi que as coisas eram reais, e que o que ele sentia era real e isso me deu medo! Medo de perder minha liberdade, de criar raízes e sacrificar meus sonhos para viver uma vida que nunca imaginei pra mim, que não era pra mim. 

Mas comecei a amar, confesso que lutei até o último momento contra esse sentimento mas não tive fôlego e fui pego (tenho asma). O medo que já me acompanhava foi crescendo, e se tornando intolerável... Eu temia perder ele, seu amor e ficar sozinho, amar sozinho.

Aí perdi espaço em seu coração, já não era mais eu quem o mantinha do meu lado, ele aos poucos se libertou de mim. E eu, que acreditava ser um 'cigano' me vi preso a felicidade de ser dele. 

"...Você está saindo da minha vida, e parece que vai demorar..."

O medo estava insuportável ao ponto de que eu não consegui ver saída a não ser a morte (terrivelmente dramático, de maneira metafórica) de 'nós'. 

Então peguei um papel e comecei a escrever desesperadamente uma carta, falando do quão importante eu era pra ele. Quando terminei estava exausto! Antes de entregar a carta eu a li para ter certeza de que estava convincente o bastante (Mentira, era pra ver se tinha algum erro gramático... Tinha...)


Enquanto eu lia, minhas lágrimas caiam borrando as palavras. Eu estava tão aliviado com minha descoberta... Estava ali, na minha frente a minha arma contra o medo que me acompanhou por tanto tempo...


Eu descobri o quanto EU ERA IMPORTANTE! Eu reconheci minhas qualidades, eu vi que estava me subestimando, me maltratando por nada. Pois tudo o que eu precisava não estava com ele, e sim comigo. Cheguei a conclusão de que qualquer coisa que acontecesse entre nós, não seria porque eu não havia sido bom, ou suficiente, mas sim porque simplesmente não era pra acontecer!


No final eu acabei rasgando a carta, de forma simbólica para que eu nunca mais deixe a insegurança e o medo me fazerem de fantoche.


Agora direi "Eu te amo" sem esperar algo em troca, pois aprendi a me amar sem a aprovação de ninguém.


Para não perder os próximos posts nos siga no twitter @Rexistindo e curta nossa Fan-Page no Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário